quinta-feira, 17 de maio de 2018

Lobato, Verissimo e Lopes Neto: somos loucos por eles!


No segundo dia do “Curso de Aperfeiçoamento Somos loucos por livros!”, que tem como foco a Leitura literária na Escola e como público as Bibliotecárias da Rede Pública Municipal de Pelotas, o tema foi a literatura produzida por Monteiro Lobato, Erico Verissimo e João Simões Lopes Neto.
Depois da apresentação desses autores e suas obras às presentes, cada professora pode manipular – olhar, abrir, ler, comentar, trocar – algumas das obras contidas na mala da professora Cristina Rosa que, junto com a monitora Ieda Kurtz, foram as responsáveis pela apresentação do tema.
Como tarefa final do encontro formador, as professoras terão que inventariar os acervos de literatura brasileira existentes nas bibliotecas das escoas nas quais trabalham.



O curso de aperfeiçoamento:
Coordenado pela Pedagoga Cristina Maria Rosa (GELL - FaE/UFPel) e pela Bibliotecária da SME/Pelotas Simone Echebeste, o curso de aperfeiçoamento foi pensado em 2017. Conta com a colaboração da Pedagoga Estela Maria da Rocha Sampaio e de uma equipe de apoio. Nela estão as estudantes bolsistas PET Educação Alessandra Steilmann, Cinara Postringer, Ieda Kurtz e Rafaela Camargo, as professoras Ellen Borba, Daniela Castro e Simone Conti e a Pedagoga Érica Machado Leopoldo.
O curso está sendo ofertado em 2018 a todas as Bibliotecárias no município de Pelotas, entre abril e dezembro, totalizando 80 horas/aula.


terça-feira, 1 de maio de 2018

GELL - um grupo de estudos e intervenção


O GELL – Grupo de Estudos em Leitura Literária – existe desde 1993 e objetiva proporcionar um encontro profícuo entre o leitor e o livro literário. Coordenado pela Pedagoga Cristina Maria Rosa e integrado por estudantes de Pedagogia e Letras da UFPel, Bibliotecários, Filósofos Licenciados em Letras e Teatro, Mestrandos em Educação e Pedagogos, desenvolve intensa programação que culmina na formação do leitor literário em espaços de letramento. Propicia a efetiva relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão através de ações que capacitam o estudante universitário a apresentar o livro literário a todos os públicos: crianças, professores, bibliotecários, estudantes, pais, avós...
Referencial: Escritos de Ana Maria Machado (2002), Bartolomeu Campos de Queirós (2009), Beatriz Cardoso (2014), Cristina Maria Rosa (2017), Graça Paulino (2014), Lígia Cademartori (2014), Regina Zilberman (2003), Tzvetan Todorov (2012) e Yolanda Reyes, entre outros, sustentam as reflexões e atitudes do GELL na Escola, na Universidade e na Cidade.
Metodologia: De cunho qualitativo, a metodologia adotada pelo GELL é integrada por três ações: estudo (formação), experimento (ação) e reflexão (avaliar e divulgar). Com os vínculos estabelecidos desenvolvem-se habilidades fundamentais através da mediação literária, desde o contato com o público como com obras, autores e locais plurais de formação.
Atuação: Ao atuar na escola pública e conhecer a intervir com públicos em vulnerabilidade social, criam-se laços fortes e enriquecedores que contribuem para a formação acadêmica e também pessoal. A proposta do GELL vai ao encontro do que Yolanda Reyes (2010) define como mediador: um agente que torne possível o encontro de um livro e um leitor.

Meu livro adolescente

 02 de abril: Dia Internacional do Livro Infantil

Alessandra Steilmenn
Cristina Maria Rosa

Para comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil que é lembrado em 02 de abril, convidamos amigos em nossas redes sociais a partilharem um título lido na infância ou adolescência. O resultado – 61 respostas e muitos livros indicados – pode ser conhecido aqui.
A pesquisa foi desencadeada pelo GELL – Grupo de Estudos em Leitura Literária – que existe desde 1993 e objetiva proporcionar um encontro profícuo entre o leitor e o livro literário.

A pesquisa
Organizada pela estudante de Pedagogia Alessandra Steilmann que integra o GELL e coordenada pela Pedagoga Cristina Maria Rosa, participam da investigação estudantes de Pedagogia e Letras da UFPel, Bibliotecários, Filósofos, Licenciados em Letras e Teatro, Mestrandos em Educação e Pedagogos. As atitudes do grupo ocorrem durante o ano todo, em programações pontuais e mais longevas, que culminam na formação do leitor literário em espaços de letramento. Propicia a efetiva relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão através de ações que capacitam o estudante universitário a apresentar o livro literário a todos os públicos: crianças, professores, bibliotecários, estudantes, pais, avós...

Iniciada em 02 de abril, os resultados da pesquisa do livro predileto lido na adolescência podem ser conhecidos aqui, listados em ordem alfabética:

1.     A Bolsa Amarela
2.     A bolsa Amarela, de Lígia Bojunga;
3.     A cabana;
4.     A coleção Vaga-lume. Li todinha!!!
5.     A ilha perdida, Cem noites tapuias, Os tambores silenciosos;
6.     A Ilha perdida;
7.     A marca de uma lágrima, de Pedro Bandeira. Realmente me marcou muito na fase de adolescente!
8.     Aos 15 anos li, pela primeira vez, o Pequeno Príncipe. Hoje sou uma colecionadora de diferentes edições feitas em nosso país e alguns em outros idiomas. Aos 17 anos conheci a Saga Harry Potter, saga pela qual sou apaixonada até hoje também. Colecionadora de livros e itens da mesma;
9.     Clarice do Erico Veríssimo;
10.  Crônicas de Nárnia;
11.  Desastres de Sofia;
12.  Eu adorava reler: A Pequena Dorrit (Charles Dickens) e As meninas (Louise Alcott). Tenho os dois guardados! E as Fábulas de Esopo! Eu também li Erico Verissimo e Josué Guimarães! Mas já estava na universidade, aos 18, 19 anos! Legal lembrar isso! Abração!
13.  Eu li e gostei muito do livro O Escaravelho do Diabo, escrito pela Lúcia Machado de Almeida. Foi escrito em 1953 e republicado em 1974 pela Série Vaga-Lume;
14.  Eu li Polyana;
15.  Eu morava na fazenda, os livros infelizmente vieram fazer parte do meu mundo na idade adulta, por obrigação e isso foi desastroso: eu não aprendi a gostar de ler;
16.  Feliz ano velho;
17.  Feliz ano velho;
18.  Garra de campeão;
19.  Infantojuvenil? Desventuras em série. Infantojuvenil médio acho que coisas como Vampiratas, Artemis Fowl... E minha ultima fase infantojuvenil lia política. Com 16 anos não lia literatura e sim, O contrato social, de Rousseau, Imperialismo: fase superior do capitalismo, de Lênin e A desobediência civil, de Thoureau;
20.  Infelizmente não!
21.  Jorge Amado: Dona Flor e seus dois maridos;
22.  Kkkķkkk. Não tinha o livro e nem tempo pra ler;
23.  Lembrei-me de um livro. Zezinho, o dono da porquinha preta;
24.  Lembro dos livros de Monteiro Lobato, os que eu mais gostava;
25.  Lembro sim, de vários. Mas destacaria dois: Heidi, da autora suíça Johanna Spyri e As aventuras de Tibicuera, do Érico Verissimo;
26.  Lembro-me apenas da história que mais gostava: Pirula, a porquinha que se molhou na chuva por  não  querer levar a sombrinha;
27.  Li muito Monteiro Lobato, mas clássicos brasileiros, só no ano do vestibular!
28.  Li muito na minha adolescência. Infância e adolescência: Éramos seis, da coleção Vaga-Lume, estou na dúvida se Açúcar Amargo era dessa coleção.
29.  Li O Relatório Hite Sobre Sexualidade Feminina, em meu quarto, escondida...
30.  Li tantos! Me ajudaram a compreender meu próprio universo de adolescente;
31.  Li um que era espírita sobre adolescência;
32.  Na adolescência li muitos romances de amor daqueles  água  com açúcar. Era uma coleção com a contracapa verde e a frente com imagens. Minha tia tinha uma coleção bem grande. Li Erico Verissimo, Clarissa, li três volumes de Malba Tahan sobre a matemática;
33.  Na adolescência? Lembro de ter lido as Crônicas de Nárnia, com 15 anos;
34.  Na escola tinha ficha de leitura, toda semana líamos um livro pra contar aos colegas a história. Mas eram títulos na biblioteca do colégio, não me recordo de nenhum;
35.  Na minha puberdade estudava no Dom João Braga, minha professora fazia prova oral de leitura. Ela nos passava a lista de livros e tínhamos de ler um livro ao final de cada bimestre. Com isso, tínhamos de ler quatro livros ao ano, além de uma encenação teatral;
36.  Não lembro direito, nesse período, lia muito gibis e livro de investigação policial e acho que Iracema do José de Alencar;
37.  Não lembro, mas acredito não ter feito leitura, devido a ter iniciado a trabalhar com 15 anos. E as leituras eram vagas, somente na escola, com livros pré-solicitados pela professora;
38.  O escaravelho do diabo;
39.  O menino do dedo verde;
40.  O pequeno príncipe;
41.  O que é que ele tem, de Olivia Byington;
42.  Ocorre-me um infantil que li com meu filho. Reli na verdade: Meu pé de laranja lima;
43.  Oi, legal! Felicitações pelo trabalho e estudos a respeito. Quanto ao livro, aquele do chapéu, cobra... O pequeno príncipe;
44.  Olhai os lírios do Campo, de Érico Verissimo;
45.  Olhai os Lírios do Campo, do Érico Veríssimo;
46.  Os Desastres de Sofia, toda a série da Condessa de Ségur e muitos da Série Vaga-lume, Açúcar Amargo, por exemplo;
47.  Os mais especiais guardo no meu coração. Diria que A bolsa amarela, de Lygia Bojunga;
48.  Os meninos da rua da praia;
49.  Poliana, Eleanor H Porter e Clarissa, acho que era do Érico;
50.  Série Vaga-lume, não lembro de todos os nomes;
51.  Sim! Que me marcaram muito! Menina mãe e A droga da obediência do Pedro Bandeira, li também Corda Bamba da Lygia Bojunga;
52.  Sim, muitos, dentre eles, a coleção Vaga-lume. O tempo e o vento, Paulo Coelho (muito na moda na época), O continente, Senhora, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cuba, A hora da estrela, Jorge Amado... Nossa! Tantos! Coisa boa recordar...
53.  Sim. Vários. A trilogia O tempo e o vento, O pequeno príncipe, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Vidas Secas, O diário de Ane Frank;
54.  Sim... Clarissa. ... Música ao longe, ambos de Érico Verissimo.
55.  Toda a coleção Vaga-Lume (a Ilha Perdida e o Mistério do 5 Estrelas foram meus prediletos, reli inúmeras vezes). As coleções (Toquinho banca o detetive, entre outros) eu comprava pelo correio, através de um catálogo que acessava na escola. Estudei em uma escola que tinha a biblioteca imensa e boa. Os clássicos, na escola, eram proibidos. Mas, no recreio, ninguém cuidava muito, e eu li por anos, em cada um dos recreios O Guarani, É tarde para saber, O cortiço, Helena, A Viuvinha, Cem noites tapuias, Senhora, Dom Casmurro, Capitães da Areia... Li também os infantis do Erico, na Coleção Ipilivro...
56.  Toda coleção Vaga-Lume e Agatha Cristie e Sidney Sheldon;
57.  Tonico;
58.  Um livro que me impactou muito quando menina foi Les Miserables de Victor Hugo... De Jorge Amado, na adolescência, eu só li A morte e a morte de Quincas Berro d'água;
59.  Vários, mas de cabeça me veio "Doze horas de terror", do Marcos Rey;

60.  Violetas na janela. Tive curiosidade devido a doutrina da minha mãe;


Literatura premiada: SulPET em Curitiba

O trabalho intitulado A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE LEITOR LITERÁRIO: AÇÕES DO PET EDUCAÇÃO 2017-2018, apresentado pelo estudante da Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Educação da UFPel foi premiado no SulPET em Curitiba, PR, realizado entre 28 de abril e 01 de maio de 2018.
A seguir, leia o resumo enviado pelo estudante Leonardo Capra:

1.      INTRODUÇÃO

O PET EDUCAÇÃO desenvolve intensa programação que culmina na formação do leitor literário entre os universitários da Pedagogia. Tendo estabelecido parceria com o GELL - Grupo de Estudos em Leitura Literária -, objetiva proporcionar um encontro profícuo com o livro literário, com espaços de letramento e com práticas e metodologias de formação do leitor, além de estender à comunidade escolar e da cidade. O objetivo é propiciar a efetiva relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão através de ações que capacitam o estudante a apresentar o livro literário ao público. O referencial teórico considera os escritos de Ana Maria Machado (2002), Bartolomeu Campos de Queirós (2009), Beatriz Cardoso (2014), Cristina Maria Rosa (2017), Graça Paulino (2014), Lígia Cademartori (2014), Regina Zilberman (2003), Tzvetan Todorov (2012) e Yolanda Reyes, entre outros.


2.      
METODOLOGIA
De cunho qualitativo, a metodologia adotada é integrada por três ações: estudo (formação), experimento (ação) e reflexão (avaliar e divulgar). Entre as ações ocorridas em 2017 – micropolíticas de leitura literária – destaco: 1. Formação do leitor literário, através da participação em disciplina, cursos e eventos de letramento; 2. Integrar como leitor e mediador a Sala de Leitura Erico Verissimo; 3. Integrar a equipe da pesquisa “Perfil Leitor do estudante da Licenciatura em Pedagogia”; 4. Realização de práticas de leitura literária em escolas públicas da cidade e região; 5. Integrar o grupo que realiza o “Espetáculo literário no Museu do Doce”, com foco na literatura pelotense; 6. Realizar atividades focadas em datas como o programa “Leitura para meninas”, cujo tema é o diálogo sobre a condição das mulheres na sociedade.

3.      RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com os vínculos estabelecidos desenvolvem-se habilidades fundamentais através da mediação literária, desde o contato com o público integrado por crianças, adolescentes, adultos, professores e bibliotecários como com obras, autores e locais plurais de formação. Ao atuar na escola pública e conhecer a intervir com públicos em vulnerabilidade social, criam-se laços fortes e enriquecedores que contribuem para a formação acadêmica e também pessoal.

4.      CONCLUSÃO

A proposta do PET EDUCAÇÃO vai ao encontro do que Yolanda Reyes (2010) define como mediador: um agente que torne possível o encontro de um livro e um leitor, estando estes por toda parte e não apenas na escola, mas em toda esfera social e criando modos de ler para si, para seu leitor e para o mundo.

Palavras-chave: Leitor literário; Mediação; Formação docente.