sábado, 14 de outubro de 2017

Sala de Leitura Erico Verissimo em evento internacional!

No dia 17 de outubro, terça-feira, às 9h, em uma mesa intitulada Histórias da literatura em múltiplas leituras, três integrantes da Sala de Leitura Erico Verissimo (FaE/UFPel) estarão em Porto Alegre, na PUCRS, apresentando suas produções. Elas tiveram seus trabalhos aprovados no XII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DA LITERATURA.
Leia na íntegra, os resumos aprovados e veja o calendário das demais apresentações na página do evento, que está disponível em: http://www.pucrs.br/eventos/inst/xiiseminario/

DIA 17 DE OUTUBRO, TERÇA-FEIRA, ÀS 9h
Histórias da literatura em múltiplas leituras I
Prédio 8 – Sala: 228
Título: Perfil leitor: quais livros leem os estudantes do 9º semestre do curso de pedagogia da UFPel?
Autoras: Paula Penteado De David e Cristina Maria Rosa.
Resumo: No presente trabalho buscamos apresentar alguns resultados parciais da investigação que tem como objetivo central conhecer e descrever o perfil leitor das estudantes do último semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia da FaE/UFPEL. A intenção, ao analisar esse grupo de estudantes e um restrito número de questões – escolhidas intencionalmente – foi perceber a aprendizagem e a permanência de um autor/tema entre as formandas, uma vez que, supostamente, são elas que acumulam o maior grupo de informações acerca da profissão que, em breve, vão exercer. Para que fosse possível fazer o levantamento dos dados, a metodologia deste trabalho incluiu a coleta de informações através de um questionário individual respondido anonimamente por todos os estudantes do 9º semestre. No trabalho, apresentamos um recorte que evidencia três entre as vinte e uma questões que compõem o questionário e que são as seguintes: "Desde tua chegada na Universidade, alguém já te indicou um livro?". A segunda pergunta – "Qual livro?" – foram agregados os seguintes direcionamentos: "Não lembro o título, mas é sobre..." e "Não lembro o tema, mas o autor é...". A terceira e última questão analisada neste recorte foi: "Tu leste o livro indicado?". De modo geral, trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, a qual visa definir preferências como: autores, gêneros e títulos, bem como os hábitos literários dos participantes: se gosta de ler, quando lê, quais as motivações e possíveis influências do ensino superior nas escolhas do que e quando ler.

Título: “A Zeropeia” de Betinho em duas edições: 1999 e 2015.
Autoras: Alessandra Steilmann e Cristina Maria Rosa.
Resumo: Escrita por Herbert de Souza (o Betinho) e ilustrada por Bia Salgueiro, A Zeropéia foi publicada pela primeira vez em 1993, pela Editora Moderna, em uma coleção denominada Hora da Fantasia e integrou bibliotecas escolares a partir de então. Em 1999, tornou-se amplamente conhecida e foi comercializada pela Editora Salamandra que, em 2015, apresenta ao mercado uma nova versão, com algumas modificações. Estas, capturaram nossa atenção para uma leitura contrastiva (CARVALAAL, 2006), ou seja, uma leitura que se vale do cotejo de textos para avaliar as diferenças existentes entre edições. Compreendendo a história literária como uma “linha de pesquisa que oportuniza observar e apreender a especificidade dos gêneros, das técnicas de expressão e das marcas estilísticas em articulação com o andamento do processo histórico-cultural além de fundamentar criticamente o trabalho de interpretação e avaliação estética das obras individuais” (USP, 2017), intencionamos observar os contrastes ou as marcas definidoras de diferenças entre as duas edições comercializadas pela Salamandra. A narrativa A Zeropéia – obra que marcou a literatura infantil para pensar (ROSA, 2017) – terá como foco permanências e mudanças evidenciadas na linguagem e no projeto gráfico e editorial. Metodologicamente, vamos ler e comparar as duas edições página a página, observando se e como foram empreendidas modificações. Entre os primeiros resultados percebemos que as fichas catalográficas estão incompletas, confusas até, impedindo a definição da "verdadeira" história da obra. Observamos também que, na edição 2015, o texto foi modificado para corresponder às novas normas ortográficas. Um terceiro aspecto é a distribuição do texto nas páginas – em 1999, a obra contém 24 páginas e a edição de 2015, oito páginas a mais. Com relação ao texto, em sua maior parte, se mantém similar e as trocas ou inserções de palavras não alteram o significado das frases. Quanto às ilustrações, percebemos que na nova edição houve destaque a um personagem "paralelo", que ganha, assim, maior visibilidade.

Título: Literatura Infantojuvenil: a produção gaúcha entre 2011 e 2013
Autora: Cristina Maria Rosa

Resumo: Na pesquisa abordo peculiaridades da literatura em prosa e verso produzida no Rio Grande do Sul entre 2011 e 2013. A metodologia – focada na composição de um acervo representativo a partir títulos disponíveis em bibliotecas, livrarias e escolas – foi incrementada com estudo de obras fundantes, contatos com editoras e autores e presença em eventos nos quais o livro e sua recepção são protagonistas. As conclusões foram precedidas de questões como: Qual a poesia e a prosa que sido escrita e publicada para crianças e jovens no Rio Grande do Sul nos início do Século XXI? Há muita publicação? Os livros de livrarias circulam nas escolas? Há predominância de brasileiros ou traduções? Há reedições? Quais os gêneros mais publicados? Quais os tipos de edição, os preços, o impacto na mídia? Quais os títulos mais vendidos? Como procedimento central, realizei a leitura de obras literárias, em prosa e verso, produzidas no período. Para além, o contato com autores e editoras e a presença em eventos – Jornada Literária de Passo Fundo, FestiPoA Literária e Feira do Livro. A fortuna crítica sobra a Literatura Gaúcha foi visitada em duas obras fundantes, arroladas no artigo. Entre os resultados, a preponderância da escrita poética e a permanência, no recorte estudado, de traços diferenciadores do que se conhece por literatura sulina.

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