No dia 17 de outubro, terça-feira, às
9h, em uma mesa intitulada Histórias da
literatura em múltiplas leituras, três integrantes da Sala de Leitura Erico
Verissimo (FaE/UFPel) estarão em Porto Alegre, na PUCRS, apresentando suas produções.
Elas tiveram seus trabalhos aprovados no XII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DA
LITERATURA.
Leia na íntegra, os resumos aprovados
e veja o calendário das demais apresentações na página do evento, que está
disponível em: http://www.pucrs.br/eventos/inst/xiiseminario/
DIA 17 DE OUTUBRO, TERÇA-FEIRA, ÀS 9h
Histórias da literatura
em múltiplas leituras I
Prédio 8 – Sala: 228
Título: Perfil leitor:
quais livros leem os estudantes do 9º semestre do curso de pedagogia da UFPel?
Autoras: Paula Penteado De David e Cristina Maria Rosa.
Resumo: No presente
trabalho buscamos apresentar alguns resultados parciais da investigação que tem
como objetivo central conhecer e descrever o perfil leitor das estudantes do
último semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia da FaE/UFPEL. A intenção,
ao analisar esse grupo de estudantes e um restrito número de questões –
escolhidas intencionalmente – foi perceber a aprendizagem e a permanência de um
autor/tema entre as formandas, uma vez que, supostamente, são elas que acumulam
o maior grupo de informações acerca da profissão que, em breve, vão exercer.
Para que fosse possível fazer o levantamento dos dados, a metodologia deste
trabalho incluiu a coleta de informações através de um questionário individual
respondido anonimamente por todos os estudantes do 9º semestre. No trabalho,
apresentamos um recorte que evidencia três entre as vinte e uma questões que
compõem o questionário e que são as seguintes: "Desde tua chegada na
Universidade, alguém já te indicou um livro?". A segunda pergunta –
"Qual livro?" – foram agregados os seguintes direcionamentos:
"Não lembro o título, mas é sobre..." e "Não lembro o tema, mas
o autor é...". A terceira e última questão analisada neste recorte foi:
"Tu leste o livro indicado?". De modo geral, trata-se de uma pesquisa
de cunho qualitativo, a qual visa definir preferências como: autores, gêneros e
títulos, bem como os hábitos literários dos participantes: se gosta de ler,
quando lê, quais as motivações e possíveis influências do ensino superior nas
escolhas do que e quando ler.
Título: “A Zeropeia” de
Betinho em duas edições: 1999 e 2015.
Autoras: Alessandra Steilmann e Cristina Maria Rosa.
Resumo: Escrita
por Herbert de Souza (o Betinho) e ilustrada por Bia Salgueiro, A Zeropéia foi publicada pela primeira
vez em 1993, pela Editora Moderna, em uma coleção denominada Hora da Fantasia e integrou bibliotecas
escolares a partir de então. Em 1999, tornou-se amplamente conhecida e foi
comercializada pela Editora Salamandra que, em 2015, apresenta ao mercado uma
nova versão, com algumas modificações. Estas, capturaram nossa atenção para uma
leitura contrastiva (CARVALAAL, 2006), ou seja, uma leitura que se vale do
cotejo de textos para avaliar as diferenças existentes entre edições. Compreendendo
a história literária como uma “linha de pesquisa que oportuniza observar e apreender
a especificidade dos gêneros, das técnicas de expressão e das marcas
estilísticas em articulação com o andamento do processo histórico-cultural além
de fundamentar criticamente o trabalho de interpretação e avaliação estética
das obras individuais” (USP, 2017), intencionamos observar os contrastes ou as
marcas definidoras de diferenças entre as duas edições comercializadas pela
Salamandra. A narrativa A Zeropéia – obra
que marcou a literatura infantil para pensar (ROSA, 2017) – terá como foco permanências
e mudanças evidenciadas na linguagem e no projeto gráfico e editorial. Metodologicamente,
vamos ler e comparar as duas edições página a página, observando se e como
foram empreendidas modificações. Entre os primeiros resultados percebemos que as
fichas catalográficas estão incompletas, confusas até, impedindo a definição da
"verdadeira" história da obra. Observamos também que, na edição 2015,
o texto foi modificado para corresponder às novas normas ortográficas. Um terceiro
aspecto é a distribuição do texto nas páginas – em 1999, a obra contém 24
páginas e a edição de 2015, oito páginas a mais. Com relação ao texto, em sua
maior parte, se mantém similar e as trocas ou inserções de palavras não alteram
o significado das frases. Quanto às ilustrações, percebemos que na nova edição
houve destaque a um personagem "paralelo", que ganha, assim, maior visibilidade.
Título: Literatura Infantojuvenil: a produção gaúcha entre 2011 e 2013
Autora: Cristina Maria Rosa
Resumo: Na
pesquisa abordo peculiaridades da literatura em prosa e verso produzida no Rio
Grande do Sul entre 2011 e 2013. A metodologia – focada na composição de um
acervo representativo a partir títulos disponíveis em bibliotecas, livrarias e escolas – foi incrementada com estudo de obras
fundantes, contatos com editoras e autores e presença em eventos nos quais o
livro e sua recepção são protagonistas. As conclusões foram precedidas de
questões como: Qual a poesia e a prosa que sido escrita e publicada para
crianças e jovens no Rio Grande do Sul nos início do Século XXI? Há muita
publicação? Os livros de livrarias circulam nas escolas? Há predominância de
brasileiros ou traduções? Há reedições? Quais os gêneros mais publicados? Quais
os tipos de edição, os preços, o impacto na mídia? Quais os títulos mais
vendidos? Como procedimento central, realizei a leitura de obras literárias, em
prosa e verso, produzidas no período. Para além, o contato com autores e
editoras e a presença em eventos – Jornada Literária de Passo Fundo, FestiPoA
Literária e Feira do Livro. A fortuna crítica sobra a Literatura Gaúcha foi
visitada em duas obras fundantes, arroladas no artigo. Entre os resultados, a preponderância da escrita poética e a
permanência, no recorte estudado, de traços diferenciadores do que se conhece
por literatura sulina.
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